Quem: aPriori, startup de infraestrutura Web3 fundada em 2023 e financiada por Pantera Capital, HashKey Capital, Primitive Ventures e outros investidores.
O que: a empresa negou qualquer envolvimento de seus colaboradores ou da fundação no suposto desvio de aproximadamente 60% dos tokens APR distribuídos em seu airdrop.
Quando: a declaração foi divulgada na sexta-feira (data não especificada).
Onde: anúncio público da aPriori, repercutido em plataformas de notícias e redes sociais.
Como: a plataforma de análise de blockchain Bubblemaps identificou cerca de 14.000 carteiras interligadas controladas por uma única entidade, responsável por acumular a maior parte da oferta distribuída. O padrão aponta para um possível ataque Sybil – prática em que um operador utiliza múltiplos endereços para maximizar a alocação em eventos considerados de “distribuição justa”.
Por quê: investigações indicam que o afrouxamento dos critérios de elegibilidade do airdrop, promovido pela aPriori para, segundo a empresa, “recompensar usuários genuínos”, pode ter facilitado a concentração de tokens.
Imagem: Abdulaziz Fathi via financefeeds.com
Ajustes após a controvérsia
Para o próximo airdrop vinculado ao lançamento da mainnet da Monad, previsto para 24 de novembro, a aPriori alterou as condições:
- Desbloqueio inicial elevado de 12% para 15% da alocação.
- Restantes 85% liberados seis meses depois.
- Opção de desbloqueio acelerado: liberação antecipada do saldo de 85% mediante depósito de ativos equivalentes a dez vezes o valor recebido, mantidos por 14 dias.
Reações do mercado
O CEO da Bubblemaps, Nick Vaiman, afirmou ao Cointelegraph que a resposta inicial da aPriori soou “desdenhosa” e sugeriu a hipótese de vazamento interno de informações. Parte da comunidade cripto alega falta de transparência técnica por parte do projeto, enquanto outros atribuem o desequilíbrio a fazendeiros profissionais de airdrops.
Apesar das críticas, aPriori reitera não haver evidência de participação de funcionários ou membros da fundação na operação identificada.
Com informações de FinanceFeeds