O enfraquecimento do dólar norte-americano e a queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos voltaram a impulsionar o mercado de Bitcoin, elevando as estimativas de preço da criptomoeda para a faixa de US$ 125 mil nas próximas semanas.
Dados fracos de emprego pressionam o dólar
O movimento começou após o Departamento do Trabalho divulgar que as vagas de emprego abertas em julho recuaram para 7,18 milhões, abaixo da previsão de 7,38 milhões. A leitura sinalizou desaceleração no mercado de trabalho e reforçou a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve ainda em 2025.
Com a perspectiva de política monetária mais branda, o rendimento do Treasury de 10 anos caiu para 4,22%. Dólar mais fraco e juros menores costumam favorecer ativos considerados reserva de valor, como o Bitcoin.
Empresas ampliam exposição à criptomoeda
Na Europa, a recém-criada Treasury B.V. levantou €126 milhões (US$ 147 milhões) em rodada liderada pela Winklevoss Capital e pela Nakamoto Holdings. A companhia iniciou operações com 1.000 BTC em caixa e planeja listar‐se na Euronext Amsterdam por meio de fusão reversa. Segundo o fundador Khing Oei, a empresa pretende aumentar suas reservas usando dívida conversível e emissões de ações.
Com isso, a Treasury B.V. se junta a outras companhias europeias — como a francesa Sequans Communications e o alemão Bitcoin Group — que mantêm Bitcoin em balanço patrimonial.
Nos Estados Unidos, o U.S. Bancorp, quinto maior banco comercial do país, retomou serviços de custódia de Bitcoin após mudança regulatória. O presidente Stephen Philipson informou que, conforme a demanda cresça, a instituição pode expandir para pagamentos, gestão de patrimônio e outros produtos ligados a criptoativos, seguindo movimentos recentes de Deutsche Bank e BNY Mellon.
Aspecto técnico projeta alvo em seis dígitos
Nos gráficos, o Bitcoin rompeu o canal de baixa e voltou a operar acima da média móvel de 50 dias, posicionada em US$ 110.263. O Índice de Força Relativa (RSI) está acima de 50, e um candle de engolfo altista em agosto reforçou a reversão de tendência.
Analistas destacam que, mantendo‐se acima de US$ 110.500, o ativo pode buscar resistências em US$ 113.576, US$ 116.000 e US$ 118.600. Entradas entre US$ 110.200 e US$ 110.500 têm stops sugeridos abaixo de US$ 107.400. Um fechamento firme além da média de 200 dias, em US$ 112.703, abriria caminho para o alvo de US$ 125 mil.

Imagem: Pedro Augusto via cryptonews.com
No horizonte mais amplo, a média de 50 semanas (US$ 95.926) serve como suporte, enquanto a média de 200 semanas (US$ 42.869) permanece como sustentação estrutural. Caso o preço ultrapasse US$ 134.487, projeções de Fibonacci indicam potenciais extensões em US$ 171.055, US$ 231.241 e até US$ 290.000. Do lado negativo, US$ 104.379 é suporte imediato, com US$ 89.096 e US$ 74.732 como pisos de longo prazo.
Nova Layer 2 levanta mais de US$ 13 milhões
Paralelamente, o Bitcoin Hyper (HYPER) avança na pré-venda como a primeira solução Layer 2 nativa do Bitcoin baseada na Solana Virtual Machine (SVM). O projeto, auditado pela Consult, pretende oferecer contratos inteligentes de alta velocidade e baixo custo, além de habilitar dApps e memecoins no ecossistema. A arrecadação já superou US$ 13,7 milhões, com cada token vendido a US$ 0,012855 na fase atual.
Investidores podem adquirir HYPER no site oficial do projeto, utilizando criptomoedas ou cartão bancário, enquanto a alocação disponível se aproxima do fim.
Com a retomada de serviços de custódia por grandes bancos e novas companhias adicionando Bitcoin ao caixa, participantes de mercado veem reforço no cenário de longo prazo para que o preço alcance novas máximas históricas.
Com informações de CryptoNews Brasil